domingo, 26 de setembro de 2010

Um pedido pra Deus

Quinta-feira, dia 23 de setembro, à noite, eu, deitada na cama da minha mãe (me sinto melhor lá quando estou doente, -dik), fechei os olhos e pedi:


Deus, eu sei que eu não tenho sido uma boa cristã ultimamente, mas, pelo amor de Deus, digo, pelo Seu amor, me faz ficar boa até sexta-feira para ir na viagem pra São Paulo! É uma das viagens da minha vida, por favor! Prometo ser mais religiosa se o Senhor conceder-me este milagre... Bem, não é bem um milagre... Esta cura, como preferir. Amém.

Sexta-feira, dia 24 de setembro, no mesmo período da noite no qual fiz o pedido na quinta, estava no posto de saúde tomando soro de Plamet por causa do anti-inflamatório que era muito forte. Horas antes, tinha vomitado. Não podia ir na viagem. De jeito nenhum.

Acho que Deus não gosta de mim.

(cara de desesperada)

terça-feira, 21 de setembro de 2010

E o sistema deu fail


Nunca pensei que uma simples dor-de-ouvido fosse me incomodar tanto. Não, eu não coloquei um celular como alargador (esse tipo de coisa tá mais pra arte da minha priminha A.), mas, na madrugada de sexta para sábado, meu querido ouvidinho resolveu doer. Pior: doer muito.

Para se ter uma idéia, acordei chorando de dor, fazendo o maior rebuliço. Decidi acordar o meu pai, crente que ele resolveria o problema sem atrapalhar o sono reparador da minha mãe, mas, bem, quando eu fui ver, ele já tinha cutucado a minha mãe e informado do problema, anunciando que ia à farmácia (não sei até hoje qual é o trauma que meu pai tem com telefones e delivery).


O lado oculto dos telefones que só meu pai conhece
Tudo bem, o resto da noite até passou tranquilo, tomei paracetamol e dormi. Porém, quando chegou o dia seguinte, o caldo entornou de vez. A dor se tornou mais forte, meu corpo mais fraco, comecei a ver minha vida passar em flashes diante dos meus olhos e... Enfim, minha mãe chegou da academia, viu-me naquele estado e tomou a sábia decisão de me levar ao pronto-socorro.

O cara passando mal e a champs de verde ainda me faz pose...
Chegamos lá e eu vi: tinham umas cinco pessoas na minha frente. Pensei: "OMG OMG OMG EL VOL MORRER E ECE POVAO AI FICA ESTROVANDO MEL CAMINEO!!!11!!11111ONZE!". Minha mamãe, muito jeitosa, foi até o balcão de atendimento, conversou com a mocinha e pediu se eu não podia passar na frente, pois estava com muita dor (e estava mesmo). Não fiquei sabendo imediatamente se tinha dado certo, contudo, fomos para uma ala interior, no intuito de eu não pegar vento frio. Passaram-se uns dez minutos, eu vi um cara que tinha machucado o supercílio em um andaime e teve que fazer uns 500 pontos (brimks, acho que foram uns 5) e tinha chegado de moto no hospital, uma mulher com soro no braço, um chapéu em cima de uma cadeira... Quando ia direcionar minha atenção para um ser que estava fazendo escândalo no início da ala, ouvi uma voz:

_ Lígia Berti Mozena, quem é?

OOOOH!
Sim, era minha vez, e o pedido da minha mãe tinha sido atendido! Fui logo falando, cheia de felicidade "SOL EEL, SOL EEEEEEEEL!" e entrando na sala. Lá dentro, dei de cara com um índio. Sério, aquilo era de fato um índio. Um índio de roupinha de plantonista azul e crocs combinando.

_ Calma aí, vou chamar o cacique.
Depois de recuperada da visão "índio de crocs", o nativo médico começou a fazer perguntas.

Reconstituição da consulta


Médico: Que que cê tem?
Eu: Dor no ouvido.
Médico: Começou quando?
Eu: De madrugada.
Médico: Qual ouvido?
Eu: O direito.
Médico: Deixa eu ver o outro.
Eu: ?
Médico: (examinando o outro ouvido, sem dor) Agora, deixa eu ver o infeccionado.
Eu: (viro)
Médico: Ah, cê tá com uma otite interna-externa média. Vou receitar uns remédios aqui, um anti-inflamatório e um de pingar, pra avaliar a dor...
Mãe: Então, doutor, eu pinguei um remédio pro ouvido que tinha lá em casa, será que não é perigoso pingar outro?
Médico: Eu não sei o que a senhora pingou...
Mãe: Foi um tal de... L., você lembra o nome?
Eu: Não, mãe.
Médico: Então, nem a senhora sabe.
Mãe:

Médico: Bem, também vou receitar um anestésico pro enfermeiro aplicar aqui mesmo.
Mãe: (recompondo-se da tesourada) Escuta, eu coloquei algumas toalhinhas quentes no ouvido dela, é bom ou ruim?
Médico:

Mãe:

(acaba a consulta)

Bem, depois compramos os remédios, mas não adiantou muito, porque até agora estou com o ouvido tapado, mal-estar e audição reduzida (pelo menos por agora). Hoje, fui na especialista e ela disse que o problema é um pouco grave, pois tem a ver com o nariz, com o tempo seco e com mais algumas coisas que eu não peguei muito bem. Resultado: Remédio por 10 dias e viagem para São Paulo em xeque.

Pois é. Meu sistema deu fail. Há, há, há. E a viagem da minha vida pode ir para o ralo. Isso sim que é uma vida pirata.

(me senti fazendo aqueles trocadilhos que os atores fazem com os nomes de novela -dik)

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Fiz um Twitter

E agora posso xingar muito.

@vidapirata

A magistral arte de chutar

(questão retirada da Prova Geral P-5 M-1 do Sistema Anglo de Ensino)


31. O período da função 5cos (4πx + π/3) é:

A) π/5
B) 1/2
C) π/2
D) π/3
E) 2

Se você visse esta linda questão de exatas na sua prova, piscando para você com um ar seduzinte de "vou te ferrar", o que você faria?

a) Resolveria a questão, obviamente. Sou um nerd em exatas sem amigos e serei seu patrão na empresa que montarei. Ah, não serei. Não contrato gente incompetente, sabe;
b) Ficaria rezando até Jesus Cristo (ou Chico Xavier, venha o que vier!) baixar em mim e dizer qual é a resposta correta;
c) Ah, não. Mais uma questão deixada em branco na minha prova...
d) Chutaria, claro!

Se você, que está aí lendo isto (ou abriu a página só porque achou bonitinha), marcou a alternativa D (da minha questão, não desse simulado from hell), este post é para você! Aqui, relatarei brevemente as técnicas que conheço sobre a arte magistral do CHUTE  (Cálculo Heurístico Usando Técnicas Estatísticas), ou apenas, mais simplesmente, do "vai nessa mesmo".


  • Ma-mãe-man-dou: Lembra daquela brincadeira besta que você fazia quando era criança para escolher as coisas quando estava indeciso (e que era refeita quando caía na coisa que você não queria)? Então. Comece de qual alternativa quiser, seguindo uma ordem linear, até chegar ao fim da "musiquinha". Eis a resposta (errada)!
  • D de Deus, C de cachorro: Pense em algo que você gosta e/ou acredita que comece com qualquer destas letras - A, B, C, D e E - e marque. Tiro e queda (da nota).
  • Professor, escolhe uma letra: Para esta técnica, você precisará do auxílio de alguém, de preferência  o seu mestre com carinho, que entenda da arte da sorte. A que ele falar, pimba! É a certa (com 223238728381 pontos de margem de erro). Muitos docentes ficam bravos quando os alunos usam esta técnica, com aquele discurso banal de "tente mais uma vez". Mas pra que tentar? Você não sabe, mesmo.
  • Espírto, guie-me: Consiste em fechar os olhos e, neste estado, marcar uma das alternativas. É perigosa, visando que você pode marcar as bordas da prova, a carteira, a camiseta do seu amigo da frente ou seu próprio braço ao invés de uma das respostas.
  • Algumas unanimidades não são burras: Escolha uma letra simpática e marque todas as alternativas igual e uniformemente. É uma das técnicas mais comprovadas, pois, se você marcou D, pelo menos uma resposta em toda a prova tem que ser D.
  • Método Michelliano de Chute em Alternativas de Física (novo!): Nossa querida professora de Física, M. (vocês podem deduzir o nome pelo nome do método, champs), percebeu que grande parte das respostas do caderno de atividades de Física tinham como resposta o número 24 (sabe-se Deus porque, ou, melhor, sabe-se sim). Viu um exercício de Física? Não sabe como fazer? Tem uma alternativa igual à 24? Marque! (obs: por ser um método novo, não funciona direito; I. marcou 24 e não era a resposta certa)

Este post não é uma apologia ao chute desvairado; é apenas uma mostra das coisas que fazemos quando não sabemos o resultado. Se você sabe resolver, resolva, mas, se não souber, bem... CHUTE!

P.S.: Fui mal no simulado de matemática/física/química/exatas em geral e vou xingar muito no Twitter. Quando eu tiver um.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Eu em um post

E aqui estou eu, inaugurando mais um projeto blogueiro de minha vida. Já perdi a conta de quantos foram mas, ahn, a grande maioria nem chegou perto da mediocridade (e nem de um ano de posts). Mas, este aqui chegou para arrebentar a boca do balão (leia-se: servir por três meses e ser deletado/jogado no desconhecimento). Bem, não importa muito; estou aqui, desperdiçando o meu tempo, para produzir o primeiro post desta grandiosa empreitada, o Vida Pirata, um blog seu, meu, de todos! (na verdade é só meu, e pode ir tirando esse olho-gordo de cima dele). O layout não é decente, as postagens também não, mas, cara, coisas piratas não são boas. E, para começar esta jocinha logo e parar de fugir do assunto, vamos à postagem inicial: uma post sobre ninguém mais, ninguém menos do que o Tiririca eu!

EU EM UM DESENHO
(as cores da pele são reais)
Sim, pessoas conhecidas, desconhecidas e fantasminhas do meu coração, esta sou eu, L., em um dia escolar típico. Sou a única (talvez. Não, nem tão talvez assim. Tá, a única) que usa boininhas na escola. Tenho hábitos estranhos, como o de ler no recreio enquanto todo mundo fica pulando/gritando/comendo/se pegando (última opção para vocês, T. e I.) e o de fazer desenhos enormes no espaço destinado para a elaboração de contas de Física (vamos combinar que Física é muuuito chato, browz). Outros fatos curiosos sobre mim:
  • Sou viciada em The Sims 3;
  • Minha banda favorita é All Time Low;
  • Tenho uma boa coleção de mangás (substitua por "gosto de jogar dinheiro pela janela" que dá no mesmo);
  • Meu livro favorito é O Germinal, de Émile Zola;
  • Comprei o livro do Crepúsculo e até hoje não consegui ler (e nem vou ler mais);
  • Meu cachorro dissimula afeição por mim.
Pois é, todo mundo vê que eu não tenho coisas muito legais para oferecer, mas se mesmo assim quiserem dedicar um tempo de sua vida à leitura deste pobre e desolado blog, eu ficarei grata. Espero proporcionar momentos de riso para alguns leitores (que não serão muitos, creio) e espíritos informatizados, já que minhas páginas já nascem morrendo.


Então, enjoy, e até o próximo post!
(ou não)