terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Meu blog é um fracasso

O máximo de visualizações que eu tive foi cinco.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Simpatias + Ano Novo = Merda

Sugerido por I. H. O. M. (só sugerido. Quem escreveu fui eu)

O Ano Novo vem aí e com ele vem aquelas simpatias super-ultra-mega-blaster-simpáticas que todo mundo diz que realmente funcionam. Todo mundo começa a agir estranho: quem nunca comeu lentilha enche a pança em plena ceia, o frango fica estreitamente proibido e o pessoal dá uma de saci-pererê e fica pulando sete ondinhas no riacho no córrego no rio na praia de rio na praia de Copacabana. Com todo esse frisson, ninguém vê o quão idiota são esses rituais. E eu estou aqui, meus amiguinhos, para abrir os seus olhos. É tudo balela, galera. Tudo balela.

- Comer lentilha 

Hambúrguer de lentilha: traumatizei.
Acredita-se que comer lentilha dá sorte pois, como é um alimento que cresce, faz a pessoa crescer também.
Então é só a lentilha que cresce? Feijão não cresce? Arroz não cresce? Semente de goiaba, de laranja, de limão, de pinheiro, de sibipiruna, de siriguela, de ipê, de parreira, de cerejeira, nenhuma dessas cresce? Todo mundo sabe que crescem, e crescem muito. E por que você comeria lentilha, que é ruim pra caramba, se outras coisas mais legais (comer semente de ipê deve ser legal... Será que dá?) ou mais gostosas (arroz versus lentilha, fight!) de comer também crescem?
É lógico que esse "crescer" é no sentido de se dar bem na vida, mas imagine a frustração de um anão tapado ao comer lentilha e pensar que vai crescer. Dá dó, não? Por que fazer uma coisa que não vai dar certo e que está declarada aqui como totalmente fail?

- Não comer frango, peru e caranguejos

Comer frango: você está fazendo isso errado.
O consumo de aves, como o peru e o frango, e o de caranguejo não é indicado na ceia de Ano Novo. Como esses animais ciscam ou andam para trás, acredita-se que quem comê-los vai regredir na vida. 
Além de matarem as pobres das aves no Natal e comê-las sem dó nem piedade, ainda acusam-nas injustamente de causar atraso na vida. Pô, quem atrasa sua vida é você mesmo, não um franguinho, peruzinho ou caranguejinho (?) que você comeu no Ano Novo. Aliás, quem é a toupeira que disse que caranguejo cisca ou anda para trás? Ele anda para o lado e, bem, nunca vi um ciscando (para falar a verdade, nunca vi um pessoalmente, só pela TV).
Não sinta remorso de dar uma dentada naquele frango-assado de televisão de cachorro bem na virada. O que vai atrasar a sua vida é o seu comportamento displicente, não o que você come.

- Pular sete ondas

Sentir as ondas debaixo dos pés é muuuito mais divertido.
A simpatia de pular as sete ondas tem o objetivo de cortar todo tipo de obstáculo material e espiritual, sob a bênção da mãe regente (além dela, temos Xangô, o deus da justiça, e Oxossi, deus da caça e agricultura).
Ao menos que você acredite em Ogum, Xangô, Oxossi, Yemanjá, Jesus Cristo, Alá, Exu e outros orixás, isso não faz o mínimo sentido. Pense bem: porque deuses nos quais você não acredita e nem louva vão te dar boa sorte e um ano ótimo? No máximo eles vão rir de você e te dar um pé de uma sandália havaiana velha que viajou até Portugal e voltou mais rápido do que as Grandes Navegações. E você ainda gasta energia, energia esta que poderia ser investida em coisas mais úteis, como jogar videogames e navegar na internet.
É isso aí, meu filho. Yemanjá não te ama. E nem 2011.

- Cumprimentar gente do sexo oposto primeiro na virada

Jeito sem noção wins.
À meia-noite, para ter sorte no amor, cumprimente em primeiro lugar uma pessoa do sexo oposto.
Imaginem a seguinte situação:

Mãe: (preparando-se para o abraço) FELIZ ANO NOVO, FILHAAAAA!
Filha: Não, mãe! NÃO! Tenho que cumprimentar um homem primeiro... Ai, Deus, onde tem homem aqui?
Mãe: Todos os homens da família foram pescar nesse fim de ano... Esqueceu? Deixa de frescura e me dá um abraço beeeeeeeeeem apertado!
Filha: AI NÃO! CADÊ? UM HOMEM, UM HOMEM, UM HOOOOOMEM! Ali! (aponta) Na rua! Vou cumprimentar aquele desconhecido!
Mãe: NADA DISSO! VOCÊ VAI FICAR AQUI E ME ABRAÇAR PRIMEIRO! (abraça contra a vontade da filha) FELIZ ANO NOVOOOOOOO!
Filha: (chorando) Agora vou ficar encalhada pelo resto do anoooo! Nããão! Tudo culpa sua, bruxa!
Mãe: (irritada) Culpa minha? Agora eu vou fazer uma coisa que é culpa minha! Está de castigo por um mês!
Filha: Mas, mãe...
Mãe: FELIZ ANO NOVO! HUMPF!

Assustador, não? Prefiro ficar de bem com minha mãe... E não acreditar nisso.
FALTAM 4 DIAS...
E se eu não postar até lá, tenham todos um feliz Ano Novo!

domingo, 19 de dezembro de 2010

Segredinho da madrugada

Eu acho que é o cabeleireiro.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Um Tributo à Mel

É triste pensar que nunca mais vou lhe ver.
Nunca mais vou ouvir suas patinhas batendo no chão ou seu latido ardido no meio da noite.
Nunca mais vou ver seu rabo balançando de um lado para o outro, contente e animado.
Nunca mais vou sentir meus dedões do pé sendo lambidos ou meus dedos da mão sendo mordidos.
E sei que se eu gritar o seu nome, não obterei resposta.
Contudo, sei que sempre lembrarei das coisas boas que nos proporcionou, dos risos que colocou em nossas bocas. E direi que você foi excepcionalmente incrível.

Mel, cadela vira-lata, nascida em data desconhecida. Sua morte foi hoje, dia 13/12, por parvovirose.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Calor: uma péssima idéia

Calor só é bom quando:

 
  1. Você mora no litoral e tem um oceano inteiro na sua frente.
  2. Você tem piscina em casa.
  3. Você tem ar condicionado.
  4. Você tem um lugar fresco para ir.
  5. Você é um pão e o seu maior sonho é assar e ficar bem moreninho.
Eu não sou o tipo de pessoa rica sortuda que tem as coisas dos itens 1 a 4 e, embora pareça, não, eu definitivamente não sou um pão. Aliás, se eu fosse um pão, talvez suportar esse forno fosse um prazer ao invés de ser uma lamúria: pelo menos eu não estaria suando e dependendo de um ventilador louco que pára de funcionar quando bem entende. Não sei por que nasci em um país praticamente na linha do Equador se detesto esse bafo quente que o Sol (que, aliás, já iluminou bastante por hoje, né?) produz enquanto cumpre sua função nobre de iluminar a Terra. Podia ter nascido na Groenlândia (não podia não!).


Além de ficar derretendo igual a um sorvete exposto ao sol, tendo como artifício de sobrevivência apenas uma hélice girante a qual ainda tem que ser compartilhada com meu pai, detesto as roupas de calor. Não entendo por que, mas detesto usar shorts, blusinhas, tops, sandálias rasteirinhas e chinelos de dedo no meu dia-a-dia. Ao meu ver, essas roupas conseguem ser totalmente sem graça, sem contar com o fato de que, combinadas de maneira errada, conseguem deixar o visual com cara de favela (sem preconceitos: sei que deve ter gente na favela que se veste bem), puta ou, simplesmente, acordei e vesti qualquer coisa. O trio jeans-tênis-camiseta deixa qualquer um mais glamuroso (ou mais neutro), mas tente usá-lo em um calor de 40 ºC. Quem quer ser-humano assado?


Mesmo que no calor dê para fazer coisas que são impossíveis de serem feitas no frio, tais como nadar, ir à praia e tomar banho de mangueira, no frio se dorme melhor, se come melhor (sem segundo sentido!) e se diverte melhor. Aliás, o que é mais legal: nadar ou jogar videogame com os amigos enquanto se toma chocolate quente?
Resumindo: quero mais é que o verão se lasque e passe rápido. E que venha o inverno!

(só em Julho, droga)

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Mais e menos: filmes

Como uma das coisas que eu mais faço nas férias é nada assistir à filmes, resolvi fazer um post recomendando dois deles, digo, recomendando positivamente um deles e negativamente o outro (dá para recomendar negativamente? Tanto faz). Vamos à eles:

- Os Homens Que Não Amavam As Mulheres (+)


Os homens que não amavam as mulheres é um enigma a portas fechadas - passa-se na vizinhança de Hedestad, Suécia. Em 1966, Harriet Vanger, jovem herdeira de um império industrial, some sem deixar vestígios. No dia de seu desaparecimento, fechara-se o acesso à ilha onde ela e diversos membros de sua extensa família se encontravam. Desde então, a cada ano, Henrik Vanger, o velho patriarca do clã, recebe uma flor emoldurada - o mesmo presente que Harriet lhe dava, até desaparecer. Henrik está convencido de que ela foi assassinada. E que um Vanger a matou.
Quando minha tia recomendou esse filme e eu vi a capa, pensei que não deveria ser nada de mais, mas mesmo assim resolvi assistir. Depois de alguns minutos de filme, estava fascinada: os protagonistas (Mikael Blomkvist e Lisbeth Salander) são tremendamente maneiros e inteligentes, sem contar que o mistério em volta de Harriet Vanger foi muito bem pensado. Apesar de algumas cenas pesadas (aquele verifique a classificação indicativa do filme não está lá de brincadeira), este longa sueco (sueco!) é ótimo em todos os sentidos. Foi baseado em um romance chamado Millenium. Talvez por ser baseado em um livro bom (bom, ouviu, Stephanie Meyer?) que o filme é tão incrível assim.

- Apenas Amigos (-)

Chris Brander (Ryan Reynolds) e Jamie Palamino (Amy Smart) sempre foram amigos, desde a época do colegial. Chris é apaixonado por Jamie mas, devido ao seu peso exagerado, nunca conseguiu namorá-la. Traumatizado, Chris cresceu, emagreceu e tornou-se um homem bem sucedido e mulherengo. Até que, anos depois, ele reencontra Jamie e vê sua antiga paixão renascer.
Eu não sei o que me fez assistir a essa comédia romântica tola (pode ser o tédio das noites de férias), mas realmente não valeu a pena (se bem que, para mim, a única comédia romântica que valeu foi Como Perder Um Homem em Dez Dias). Além daquela coisa água-com-açúcar, as piadas são péssimas e a menina que "gosta" (entre aspas porque ela é uma doida varrida) do Chris, uma tal de Samantha, consegue ser extremamente chata e irritante durante todo o filme. E Chris fica com Jamie no final. Será que estes roteiristas não aprendem que finais previsíveis estão out? Peloamordedeus. Chega a dar nojo.
Graças a Deus isto passou na Tela Quente, porque se eu tivesse gasto dinheiro com essa coisa péssima... Oh gosh.

Às vezes tem filmes bons. Às vezes.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Assistir versus participar

Eu sempre fui fã de videogames. Fui, não, sou (talvez seja por isso que minha vida social seja uma grande porcaria). Porém, em uma época distante (leia-se: quando eu estava lá pela quarta série), meu gosto por jogos eletrônicos se dava de outra maneira, pois não gostava de jogá-los; gostava de vê-los sendo jogados por outras pessoas.

Como a menininha de cabelos castanhos


No começo, via meus primos (e amigos dos meus primos) jogando Super Mario Bros. e Donkey Kong; depois com a evolução dos consoles, passei a assistir a jogos de PS1. Passava horas e horas fielmente ao lado do meu primo, apenas observando-o jogar Final Fantasy IX. Ele me convidava para jogar, contudo, eu sempre recusava. Por quê? Eu achava que, se eu tocasse no controle, algo desse gênero aconteceria:


Depois de um tempo, perdi essa frescura. Jogava sozinha para (tentar) arrasar com os outros mais tarde e, por incrível que pareça, tornei-me melhor do que meu primo nos RPG's, talvez pelo fato de eu saber inglês e ele não (IAIRAIRAIRAIRRIAIR). Daí, me tornei mais viciada ainda. Porém, o pior ainda estava para vir. Conheci The Sims 1. Algum tempo após, The Sims 3.


É, era bom o tempo no qual eu só gostava de assistir.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

5 motivos para gostar do Natal


É, adoradores do Natal: existem algumas pessoas capazes de dizerem que não gostam dessa data tão legal, cheia de papais-noéis e futilidades presentes. Para falar a verdade, nos meus dias mais revoltados eu também venho com essa história de que Natal é pura jogada de marketing, que esqueceram do significado principal (nascimento de Jesus - alguém se lembra dele no Natal? Aqui em casa a gente costuma ler uma passagem da Bíblia; o resto é pura comilança), etc, etc, mas hoje, que eu estou super-de-boa, de férias (oh happy day!/Oh happy day...), resolvi fazer um post com cinco bons (ou nem tanto) motivos para gostar dessa data querida (e não é pelo muitas felicidades/muitos anos de vida. Isso é aniversário. Natal é outra coisa).

5. Natal tem Coca-Cola 3 litros


O que é melhor do que Coca-Cola? Eu respondo: muita Coca-Cola! Nessa época do ano, surgem as grandes invenções, sendo uma delas a Coca-Cola 3L, com aquele rótulo superluxo com papais-noéis, ursos-polares, árvores-de-natal, dentre outras. É uma beleza só. Dá pra tomar um porre, e dos bons, isto é, se seus familiares não forem mais espertos antes e pegarem tudo, o que quase sempre acontece. Ou sempre. Ah, tanto faz.

OOOOOOOOOOOOOOOOOH!
4. Natal tem amigo-secreto

Tem coisa melhor do que se reunir com seus amigos/familiares/colegas de trabalho/colegas de classe/amiguinhas do prostíbulo/o que quiser para dar à eles presentes muitas vezes toscos (e receber um deles!) comendo salgadinhos e ao som de música trash? Se tiver sorte, até rola um karaokê da hora! É risada na certa. Sem contar com os micões que os outros te fazem pagar... Principalmente se for inimigo secreto. Pura lavação de roupa suja. Tudo com muito humor e com advertências do tipo não vale chorar nem reclamar.

Essas pessoas da foto têm uma cara de loosers...
3. Natal tem comida boa

Muitos audaciosos ousam dizer que a ceia brasileira não devia conter as mesmas coisas de uma ceia de país frio e desenvolvido pelo motivo do país ser tropical, e ainda falam que o jantar devia ser regado àquelas coisas nojentinhas como saladas e frutas. Por isso mesmo que estou apontando a comida do Natal como uma das coisas que fazem os outros gostarem dele: e a única data na qual podemos comer comidas gordurosas e não-adequadas sem culpa! Quem não gosta daqueles pratos magníficos que dão água na boca? Até mesmo quem é a favor das mudanças gosta. 

Yummy!
2. Natal tem presentes

Atualmente eu costumo pedir dinheiro ao invés de presentes (embora esteja morrendo de vontade de pedir um Nintendo Wii que nunca ganharei), mas quando era menor vibrava de felicidade ao ver a casa da Polly Pocket em minhas mãos (mesmo sabendo que ia perder todas as peças em menos de dois meses). Outro presente que adorei ganhar foi um microscópio (que quebrou facinho). Mas, na minha opinião, o que é mais gostoso é dar presentes: é lindo ver os olhos brilhantes de uma criança quando ganha um brinquedo ou a cara de seu amigo quando você dá para ele justamente o que ele estava querendo (sem segundo sentido, please). Sei lá se sou altruísta. Mas gosto disso.

Pra você. Euteamodemais.
1. Natal tem quem você gosta

Isso é o mais importante. Essa data aproxima as pessoas, seja para fazer as comidas que serão servidas, seja na ceia, seja por um telefonema. Todo mundo deseja feliz natal para todo mundo. Todo mundo parece querer todo mundo bem. E chega de todo mundo, porque aposto que todo mundo está ficando de saco cheio disto.
_ Espero que tragam algo melhor do que ouro, incenso e mirra dessa vez... Quem sabe umas fraldas.
FALTAM 24 DIAS.... (eu e minhas expectativas bobas!)

sábado, 27 de novembro de 2010

Kesslers Knigge

Hoje, eu, esta pessoa que se encontra totalmente sem inspiração, estava vagabundeando pelo youtube quando, em um golpe de sorte (na verdade, seguindo uma das sugestões do site), achei isto.


Depois de assistir a este vídeo, cheguei a conclusão que este cara é foda e que é realmente uma pena que não tenham feito uma segunda temporada de Kesslers Knige (ou Etiqueta do Kessler, em portugês).
Curtiu? Assista a mais episódios clicando aqui.

(da próxima vez posto alguma coisa útil, juro)

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Dúvida cruel

Como será que um daltônico vê a aberração pesadelo coisa feia imagem logo abaixo?


Bem, pior do que nós já vemos não deve ser... Se for melhor, , onde eu fico daltônica?

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Diário de uma estudante leitora de Capricho

Recado importante: Esse diarinho xumbrega não é da minha vida, e sim um genérico dos da maioria das estudantes tolas e fúteis. Não tá acreditando? Lê a parte em que fala sobre namoro. Eu nunca namorei nem o meu pé. Sem contar que, hã, menino lindinho na sala? Nem pensar.
Observação: Tente imaginar, enquanto você lê quietamente este texto, uma voz de patty-afetada narrando os fatos. É assim que eu quero que você imagine (favor não imaginar a voz do Capitão Nascimento ou qualquer coisa do gênero. Apesar de ficar engraçado, não está no clima da narração).
Observação (2): NOMES FICTÍCIOS, P***!


Este diário pertence à Maria Eduarda da Conceição Marino, estudante do segundo ano do Ensino Médio. Fã de revistas do calibre da Capricho, livros da complexidade de Crepúsculo e músicas do nível de Miley Cyrus, escreve de um jeito singelo e cheio de espontaneidade. Suas anotações estão explicitadas logo abaixo.


1º de fevereiro

Começaram as aulas! Estou muito feliz. Já estava cansada de ficar parada em casa enfiada no computador e estava doida para estrear meu caderno novo e per-fei-to! Sem contar que vou rever toda a galera. Tá legal que a gente se falou o tempo todo por MSN e tal, mas rever o povão? Não tem preço! Mas não é só gandaia. Vou estudar bastante, todos os dias, afinal, falta cada vez menos para o vestibular... Ah, que medo!
Esse ano promete!

Exemplo de caderno perfeito para uma leitora de CH
12 de maio

Nesse trecho, Maria se acha a japinha estudiosa (mesmo sem ser japa). 
Ar-ra-sei nas provas do primeiro bimestre. Tirei notas boas nas minhas matérias favoritas* e, olha, notas razoáveis nas matérias das quais eu não gosto. A parte de Química do meu caderninho sofreu um pequeno acidente, mas eu já consertei com durex. Minhas amigas e eu estamos ligadas demais! Acho que até tem algum elo psicológico entre a gente, sabe... Somos inseparáveis!
Falando em inseparáveis, queria que aquele garoto novo que entrou na sala e eu fôssemos inseparáveis... Ah, ele é tão lindinho! Acho que estou mesmo gostando dele, pra valer! Meu coraçãozinho palpita só de vê-lo. Meu Deus!
Espero que não estrague o meu ritmo de estudo...

27 de junho

PQP! Não agüento mais esse monte de estudo! Os professores não dão trégua mesmo; até mesmo os que já acabaram a matéria insistem em dar aula. Parece que eles querem que a gente sofra... Mas tudo bem. Vou descontar tudo nas férias! Consegui não pegar nenhuma recuperação no segundo bimestre (em português eu tive que chorar um pouquinho, mas consegui na rapa) e, yeah, eu vou para as férias! O melhor é o churrasco da sala que vai ter no dia 4 de julho... Ele vai estar lá! Isso, ele! Minhas bests disseram que vão deixar o caminho livre para mim. Será que... Bem, só esperando para ver.

E ela olhava para ele assim com essa carinha de quero dar.

2 de setembro

Voltamos às aulas. Estava com saudadinhas, mas bem que podia ter um pouquinho mais! Umas duas semaninhas... Podia ter um surto de gripe suína igual ao do ano passado, não é mesmo? Bem, pelo menos eu vou poder ficar juntinha dele... É, o negócio no churrasco ro-lou! Estamos até namorando! Depois de amanhã faz um mês. Postei várias fotos nossas no Orkut... Thiago é mesmo um fofo. Estou nas nuvens! Nada podia estar melhor... Na verdade, podia. Dei uma relaxadinha nos estudos básica, mas tudo indica que eu vou retomar o pulso-firme nesse bimestre. Se bem que com ele tão perto de mim... Nem sei se vou conseguir.
Apesar de tantas nuvens, apareceu no meu Orkut uma tal de Jéssica falando que meu Thithi é um galinha. Lógico que eu não acreditei! Deve ser só mais uma invejosa querendo meu amoreco. Não importa. Sinto que vou ser feliz para sempre!

11 de novembro


Diz muito sobre o boletim da dona do diário
Ah, que terror! Minhas notas foram péssimas. Zerei em Física e não consegui recuperar. Mas isso não foi o pior! Minha mãe deu um piti e me deixou de castigo: duas semanas sem ver o Thi e sem pintar as unhas. Acho que vou morrer! Se bem que ele andou dando umas mancadas... Vi-o dando em cima da Sabrina sem receio algum! Pedi explicações e ele respondeu que ela que tinha começado. Depois de chorar uns cem litros, resolvi dar mais uma chance para ele, afinal, não sou nada sem meu amor. Mas, mãe, sem unhas? Francamente!
O pior é que aquela Jéssica começou a envenenar a minha mente... Agora fico pensando se meu bebê é mesmo isso que ela fala. Tenho certeza que não, mas ando meio balançada. A Érica também falou que ele anda jogando umas indiretas para ela. Ah, Thiago, se cuida!

16 de novembro

AH! QUE DROGA! Eu sou uma idiota, mesmo. Além de descobrir que o desgraçado do T... Opá, não sei mais o nome dele, como era, mesmo? Que aquele desgraçado ficou com meio mundo enquanto me namorava, descobri que esse meio-mundo eram todas as minhas amigas. TODAS! A Érica, a Larissa, a Adriana... Todinhas! E as safadas nem para me contar! Parei de andar com elas e me isolei no fundo. Nem se elas me pedirem mil perdões eu vou voltar para o grupo. Se bem que nenhuma delas pareceu se importar muito... Estou me sentindo meio sozinha, mas não vou me rebaixar! Não mesmo!
Falando em rebaixar, meu boletim está simplesmente horripilante. Fiz os cálculos e apurei que preciso de 9,5 para fechar em Biologia. Justo Biologia! O professor me odeia, só porque eu converso a aula toda. Também, quem mandou dar essa matéria chata pra caramba e que tem uns bichos feios, ainda por cima? Na verdade, todas são chatas...

Maria: desesperada, sozinha e tentando estudar. Não dá certo.
24 de novembro

PUTA QUE PARIU! POR QUE ESCOLA EXISTE?

Maria ficou de exame em seis matérias e não passou em nenhuma. Os professores (que, aliás, amavam-na) decidiram reprová-la.

*matérias favoritas: artes, educação física e educação sexual

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Querido INEP,

Como vai? Espero que vá mal, pois sua consciência deve estar pesada com a falta de responsabilidade que você teve, mermão. Pegou a gráfica mais xumbrega que viu pela frente e foi mandando fazer prova? Não é assim que se faz. Já viu prova da Unicamp dar problema? Da Unesp? Da USP? Não, né. Falando nessas universidades manolas aí, é bom tomar cuidado: se tudo continuar nesse relaxo que está, elas não vão querer considerar a nota daquela sua provinha mal-feita... Como é o nome, mesmo? Ah! ENEM. Dá raiva só de lembrar.

É, dá raiva sim. Raiva de pensar que gastamos um final de semana que poderia ser prazeiroso fazendo uma prova que está suspensa por causa de erro da gráfica. Que gráfica é essa, ein, INEP? Não deve ser muito séria, não. O que foi aquilo com as provas amarelas, Deus? Tá legal que eu peguei uma branca e uma azul, mas e as amarelas, todas erradas? E os erros de digitação? Você tem certeza que uma erosão de grande escala é uma boçoroca? Eu aprendi diferente na aula de geografia. Aprendi como voçoroca. Será que meu professor estava errado ou foi você?

Bem, estou aqui para dizer que, meu filho, se você quer palhaços, vá até um circo. Nós, alunos do Ensino Médio, muitos terminando o curso e dependendo da nota do Exame, estamos cansados de sermos esculachados e menosprezados. Estamos cansados daquela sensação de "fomos enganados". Para mim, que estou no segundo colegial, não faz muita diferença, porém, e quem quer entrar em uma boa universidade? E quem quer mais do que ser treineiro? As melhores faculdades (pode apostar) vão desconsiderar a nota por mais um ano. E é tudo culpa sua. Tudo culpa sua, INEP.

Peço encarecidamente para que trate os estudantes com mais mérito. Pode ser que alguns de nós não queiramos nada com nada, mas a grande maioria tem sonhos, aspirações que estão sendo cada vez mais frustradas. Estudante não é saco de pancada para ficar levando na cara o tempo todo. Se esse desprezo continuar, acredite: as salas do ENEM ficarão vazias.

Todos viam nesse teste uma porta de entrada para um futuro melhor, e você acabou com tudo.

Com sinceridade,
L. B. M.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Meu pai: uma criatura estranha e complicada


É comum ouvir as pessoas dizerem que é muito importante para uma criança ter seu pai por perto. Não discordo, pelo contrário, apoio com fervor à essa teoria. Mas, sobre pais, na verdade, sobre meu pai, posso afirmar: ele é uma criatura estranha que às vezes parece um alien daqueles bem cabulosos e assustadores de alguma dimensão distante. A prova? Analisei o comportamento do meu pai desde, , sempre, e concluí que ele não é normal. Não mesmo.

- Meu pai fica bem humorado de manhã

Quando você acorda às seis da manhã com seu despertador chato, irritante e bobo, é natural que sua cara não seja das melhores e que seu humor fique um pouco ácido e rabugento. Um pouco, não, muito. É comum chutar suas coisas que estão espalhada pelo quarto e encarar sua mãe com aquela expressão de ódio profundo por existir. Pois é, meu pai parece protegido contra estes males da manhã. Ele acorda cantando, contando piadinhas-sem-graça e mexendo com o cachorro. Algo que, além de ser pra lá de esquisito, me irrita profundamente.

HUMORES (na parte da manhã)

Pessoa comum

Meu pai

- Meu pai não respeita a Segunda Lei de Newton

Já ouviu aquele ditado que diz que dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço? Primeiro: não é um ditado; segundo: é a segunda lei de Newton (não presta atenção na aula de Física, né, manolo? Nem eu). Como tem o título de Lei da Física, é óbvio que ela vale sempre e que deve ser respeitada, não? Tente dizer isto ao sr. V.. É incrível: todas as vezes que eu estou no banheiro me arrumando ele tem que entrar para escovar os dentes/pentear o cabelo/lavar o rosto/fazer qualquer coisa que use a mesma pia que estou usando. Isso é extraordinário. E chateante.


- Meu pai fica nervoso com qualquer coisinha

Qualquer coisinha mesmo. Se ele fala e você não entende/não ouve/não presta atenção e pede para ele repetir, ele repete, mas em um tom raivoso. Se a lei da gravidade atua e derruba alguns livros, ele vira um bicho do mau e fica xingando, dentre outras coisas. Pode ser a coisa mais insignificante do mundo, contudo, esta coisa tem grande potencial de irritá-lo. Outra anormalidade. E esta incomoda bastante.


Mesmo com tudo isto, eu amo muito meu pai. Amo mesmo. De verdade. Ele pode ser estranho e complicado às vezes, mas é meu pai, meu pai inteligente que me explica Matemática, meu pai que está sempre disposto a me ajudar. E isto é o mais importante. Sempre.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Sobre panelas e tampas

Toda panela tem sua tampa.
Esse ditadinho xumbrega pode parece uma daquelas coisas boçais que são ditas ao longo da vida por pessoas fãs de frases prontas e populachos, mas, de certa forma, tem seu fundo de verdade. Observando os conjuntos de panelas que existem em nossas casas (se você vive em cavernas e cozinha em fogueiras, procure "conjunto de panelas" no google e veja como é), vemos que cada uma delas tem mesmo uma tampa correspondente (o que é terrivelmente óbvio e nem precisaria estar sendo observado) que encaixa direitinho, sem sobrar e nem faltar. Algo tipo assim:


Enquanto algumas panelas, sejam elegantes peças de inox e teflon ou simples panelas tóxicas de cobre que vão te matar já, já, apenas tem o encaixe com uma tampa específica e fabricada a dedo, alguns recipientes de cozimento avançado (só pra não ficar falando panela, panela, panela toda hora) conseguem obter tampas facilmente. Estas são as mais procuradas e as mais usadas; por isto, rapidamente perdem sua beleza e usabilidade, ficando furadas, velhas e sem tampa alguma no final de sua existência. Esquematizando, temos:


Este mundo perfeito dos utensílios de cozinhas se estende para mais modalidades. Hoje, até frigideiras têm tampa.Ou seja: todos as coisas de pia e fogão estão lindamente pareadas, desde o simples garfo-faca até o complexo bule-tampinha. Esta informação parece verdadeira aos seus olhinhos crédulos e seus cachinhos cabelo alisado de chapinha/progressiva? Pois encare a verdadeira verdade (isso foi um pleonasmo?): existe um infeliz objeto de cozer que não tem par: a chapa de fritar bifes.

Esta legenda é realmente necessária?
Chapas são utensílios feios, pesados, usualmente incrustrados de gordura e difíceis de lavar (se você nunca lavou louça, você é um riquinho fdp que não vai ser nada na vida acredite em mim). As mães/empregadas/qualquer coisa que você preferir fazem questão de enfiar este objeto nas profundezas de um armário lúgubre e úmido, usando-as só quando extremamente necessário.

As pessoas podem até tentar garibar este fato, colocando uma tampa de panela no intuito de tapar os bifes e afastar as mosquinhas nojentas carnófilas, mas a incompatibilidade é visível: parece até que a tampa tem repulsa por estar encostando nesse objeto não-nobre. Parece que está ali só por obrigação. E realmente está. Ninguém gosta de ficar encostando em coisas gordurosas, não é mesmo?

Pois é, pode parecer triste, mas talvez por serem solitárias é que as chapas façam as melhores refeições. Bife na chapa é uma das melhores coisas do mundo (principalmente se for uma picanha bem macia; sorry, vegetarianos). O mundo só vê valor nisso na hora da comida pois, depois, relegam as pobres chapas ao segundo plano.

Quer saber? Não tem muita importância. As chapas querem mais é que as panelas, os bules, as marinex, as bandejas e as outras inúmeras coisas se fodam. Deixadas em seu cantinho insalubre, maquinam coisas grandiosas - como o próximo delicioso bifão que deixará todos os convidados de queixo caído.

Obs: qualquer metáfora que você tenha achado aqui é pura invenção de sua cabeça ociosa. Este post trata apenas de utensílios de cozinha. SÓ UTENSÍLIOS, ENTENDIDO?

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Impressora Hewlett Packard + Avisos de registro = Merda

Tenho várias recordações sobre a primeira impressora que entrou aqui em casa. Era uma EPSON, bem antiga, lerda e barulhenta, que quebrava com frequência e que comia tinta que nem uma lima nova. Acoplada ao moderníssimo CPU da Compaq, ela me deixava feliz diversas vezes quando imprimia minhas obras primas feitas no paint. Porém, os tempos passaram, os computadores foram trocados e, como que num milagre, a velharia foi trocada por uma impressora HP.

HP Photosmart 7150: a primeira
"Uma HP, véy!", pensei eu quando vi aquela belezinha em preto-e-cinza perto do CPU azul do papai (que hoje em dia, é meu). Muitas vezes eu ouvira meu pai dizendo que as impressoras Hewlett Packard eram as melhores e não eram escandalosas durante a impressão (viva!). Depois de algum tempo (acho que uns dois anos), outra impressora da mesma marca foi comprada, só que era multifuncional, fazendo a alegria da garotada que queria escanear fotos ou qualquer outra baboseira inútil que achavam que não ia mais se perder só por estar no computador. Sempre adorei as HP's de casa. Adorei. Exatamente, verbo no passado.

HP Photosmart C150: a segunda
Depois de vários usos (ou de nem tantos assim, no caso da multifuncional), as impressoras começaram a se tornar vulgares e chatas, sem contar com o nervoso que nos faziam (e fazem) passar. A que está conectada no meu PC é a mais problemática, até parece que tem vida: toma um porre de papel, dá surtos de impressão torta, finge que não está conectada ao computador quando quero escanear alguma coisa, trava no meio da impressão. Um verdadeiro circo de horrores. Mas a pior coisa é isto:


Se eu não marcasse todas as vezes "Não me lembre novamente", tudo bem, teria até uma explicação para a janelinha reaparecer. O pior é que parece que os jumentos da HP não entendem que eu não quero fazer essa porra do registro e não quero ser lembrada de que ele existe. Isso dá raiva. E dá saudades da velha EPSON que imprimia meus desenhinhos podres.


Ou não.

sábado, 23 de outubro de 2010

#globomente

Sugerido por I. H. O. M. (satisfeito?)

Para quem não sabe (leia-se: para quem sai da caverna e vai para a escola não tem twitter), #globomente está nas Trends do Twitter há um tempo, mais exatamente desde a emocionante história do Serra e a fita-crepe/bolinha de papel/nada. Todo mundo está descendo a lenha na emissora por ter manipulado as imagens do tal ataque que nem aconteceu. A moda virou falar mal, crucificar mesmo. Fiz um twett com essa tag, mas não foi nem tanto por causa do negócio do mentirosinho de araque Serra. Foi mais por causa de um jogo de futebol. Véy, eles não vão transmitir o clássico Palmeiras x Corinthians no domingo. Vão transmitir o jogo do São Paulo. 


Nessas horas que eu queria ter TV paga.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Who to follow

Descobri quem é Kato! MWHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Dez dias se passaram...

E eu não tenho nada de útil para postar. É claro que eu podia fazer um post imenso sobre a viagem que fiz à Olímpia; todavia, escrever sobre viagens nunca foi o meu forte. Então, decidi postar um trechinho da história que eu estou tentando redigir há um bom tempo (e que eu tenho dúvidas se vou conseguir finalizar). Em todo caso, divirtam-se. Ou não. Não culpo as pessoas que se entediaram logo no segundo (enorme) parágrafo: fiquem à vontade para demonstrar seu tédio... Para si mesmos.

RAINBOW
Discórdia e sedução

Trecho do capítulo 1
Vodka, whisky e calças skinny

         Sempre o via passar por ali. Nos pés, calçava tênis estilo all star, enquanto uma calça skinny cobria-lhe as pernas, desvalorizando-as, deixando-as mais finas do que já eram. Todo o seu semblante indicava uma pessoa fraca, desde a finura de seus membros até a coloração dos cabelos, de um loiro quase branco, certamente descolorido por algum processo químico macabro, oculto por cortinas negras em um quarto de uma menina qualquer metida à cabeleireira. Passava com freqüência por mim, segurando uma garrafa de vodka, junto a um, dois, ou até mesmo três homens. Por vezes, trazia um cigarro na boca; tornava-o mais elegante, dizia. E toda vez que passava por mim, cumprimentava-me: um oi tímido, muitas vezes abafado por um beijo descarado que ganhava de um de seus parceiros. Eu respondia apenas com um aceno, já que não considerava aquela troca de gentilezas útil.
         Já não posso mentir. A presença daquele garoto de uns 14 anos pelos corredores me fazia ter uma imensa sensação de repúdio, talvez por que um dia eu tenha sido como ele. Sim, eu vivia cercado de pessoas, homens ou mulheres, que me passavam de mão em mão como um reles objeto. Era um chiclete mascado – este era meu apelido – sempre sendo usado e jogado fora. Costumava acreditar que aquilo era o melhor para mim e que aquelas pessoas me amavam, mas não era assim: amor era algo bem diferente, distante da parca relação sexual. Levei um tempo para compreender isto, e mais um pouco de tempo para me machucar nas terríveis e espinhentas videiras desse sentimento. Agora, estava de volta àquele lugar, vendo como nada mudara. Haviam me substituído por outro. E o substituiriam por outro, por outro, e assim sucessivamente. Blueville nunca deixaria de ser um lugar sórdido, certamente porque as pessoas que lá habitavam nunca foram boas. Era o pior lugar para se viver. E lá eu estava.
         Aquele lugar ainda era minha idéia mais próxima de lar, por pior que fosse. Conviver com várias pessoas de diferentes personalidades e faces era o que mais me lembrava uma família, já que eu nunca experimentara viver em uma. A minha, se é que podia se chamar assim, estava toda destroçada; minha culpa, pois eu era o problema que chegara ali, para estragar toda a harmonia pré-existente. Só existia para meu pai, minha mãe e minha irmã; o resto dos parentes mal sabia da minha existência, pois meu genitor sempre dizia a eles que eu morrera no parto.
         Refletia sobre estas coisas quando ouvi o oi tímido do rapaz. Acordei do sonho; lá estava minha realidade, cara a cara comigo, escancarando sua sordidez. Acenei para ele como fazia de costume, mal notando que ele permanecera ali, deixando seu companheiro seguir sozinho. Apenas percebi quando me senti observado; seus olhos, de íris negra, perpassaram até minha espinha, de tão profundamente que me fitava.
         _ Hey – disse ele, articulando os lábios finos em uma interjeição. Abriu a boca em um movimento surdo, sendo puxado por um homem alto e bruto, contra sua vontade. Logo, estava longe, ao fim do corredor úmido.
         _ Porra, Carlos, você acha mesmo que eu tenho o dia inteiro? – disse o acompanhante, que comprimia o garoto na parede em um movimento brusco. Deu-lhe um tapa no rosto, o qual eu ouvira de longe; podia ouvir tudo o que diziam. Continuou esbravejando febrilmente – Eu vou te dar aquela porcaria de garrafa de vodca e três maços de cigarro, você não tem o direito de ficar embromando aí!
         _ Des... – começou a dizer o mocinho, sem conseguir continuar por ter sido interrompido.
         _ Nada de desculpa, vacilão! Vem, vem logo.
         Arrastou-o para dentro de um quarto, certamente fazendo marcas vermelhas em todo o braço do menino, e fechou a porta com força, com um impacto de derrubar paredes. Bastaram alguns minutos para que os gemidos se iniciassem; gritos indefiníveis, quase animalescos. Permaneci ali por alguns instantes, escutando aquele barulho que mais parecia de tortura. Após alguns minutos, saí. Aqueles ruídos faziam me recordar de coisas desagradáveis, coisas estas que eu queria mais esquecer.

Isso nem foi um capítulo inteiro, pois este tem mais de duas páginas. Fiquei feliz que a formatação bonitinha (e gay) ficou igualzinha à que eu fiz no Word. Estou pensando em mudar o título, mas ainda não desenvolvi algo mais criativo e que tenha realmente a ver com a história.

É só isso. Até o próximo post (se ele ocorrer).

domingo, 10 de outubro de 2010

Vida noturna, 1; eu, zero

Sexta-feira fui comer pizza com alguns colegas. Isso pode parecer normal a qualquer jovem de 16 anos, todavia, para mim, foi quase um fato inédito. Eu quase nunca saio com pessoas da mesma idade que eu; geralmente costumo sair somente com meus pais e parentes. Por isto, quando me convidaram para ir à pizzaria e eu aceitei, quase tive um ataque de pânico horas depois. Não era minha família, mas sim adolescentes. Teria que me arrumar melhor. Essa experiência me fez ter a conclusão de que eu realmente não cumpro as exigências da vida noturna. Por quê? Veja a seguir.

- Eu não sei passar maquiagem


Fui até a casa das minhas tias atrás de maquiagem (não, eu não tenho um estojinho girlie cheio de baboseiras, tá?). Cheguei lá e passei base (é, passar uma meleca no rosto até que eu sei). Quando ia passar delineador e me aproximei perigosamente do olho com aquela tinta, minha tia, cheia de pânico, perguntou: "Quer que a tia passa pra você?". Eu, nada boba, aceitei. Veja na imagem o que aconteceria se eu resolvesse passar sozinha.


- Eu não sei andar de salto

Véy, eu tropeço em pedrinhas, desníveis, toquinhos, gravetos, até no meu próprio pé. Exemplificando:


Sim, é triste desse jeito.

- Eu me empolgo

Falo alto, gesticulo, faço dancinhas escrotas, bato na mesa, derrubo guaraná... E nem estou bêbada. Imagine se eu bebesse. Imagine.


- Eu não sei quem é o Kato

Não sei mesmo.

_ Fulano tá catando a prima do Kato no McBeer... Vamo lá vê.
_ Quem é a prima do Kato?
_ Quem é Kato?
(risos gerais)

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

5 motivos para ser palmeirense

Tá, eu sei bem que não posso usar argumentos clichês do tipo "é zilhacampeão brasileiro", "tem mundial" ou "tem um goleiro assassino", mas os motivos que tenho aqui, acredite, são muito convincentes. Vamos à eles.


5. Palmeirenses são mais controlados

Claro que tudo tem suas exceções (né, M.), mas a maioria dos palmeirenses que eu conheço não se exalta muito (eu não disse que não se exaltam; disse que não se exaltam muito) com as cagadas que o time faz. Isso vale também para discussões: palmeirenses quase sempre respondem à qualquer ataque com uma frase desmotivadora, o que faz qualquer briga por causa de futebol broxar.

Exemplificando: O time adversário faz um gol.

Torcedor de outro time qualquer:
GRAAW QUE PUTARIA MANOLO TIME RUIM DO CACETE @!#$!#¨%$¨%&¨*&!

Torcedor do Palmeiras:
Ah... Que novidade.
4. Palmeirenses são videntes

Quem torce para o Palmeiras há algum tempo, mesmo que não note, tem uma habilidade especial: a da adivinhação. A prova? Quando um palmeirense está assistindo um jogo no qual o Palmeiras está ganhando e diz: "putz, o outro time vai empatar!", o outro time miraculosamente empata! É capacidade videncial pra ninguém botar defeito.

Fica esperta, madame, se não você vai perder seu cargo pra um porco.
3. Palmeirenses são realistas

Já viu um palmeirense falando que o time dele vai ganhar tudo do ano, que vai ser zilhocampeão, que vai ganhar Libertadores, Brasileirão, o caralho a quatro? Até quando o time está bem (já vou avisando que são raras as vezes) ele está preparado para o pior. Isso torna palmeirenses pessoas mais maduras... E um pouco sem esperança. Mas quem precisa de esperança? A cor do time já é verde!

Putz. Não vamos ganhar nada nesse ano.
2. Palmeirenses são conformados

Ganhou? Ótimo. Não ganhou? Tudo bem. Ser palmeirense é também saber lidar com a derrota (lidar muito e muito bem, digo), com a difamação e com a vergonha (uau, isso seria poético se não fosse trágico). É saber esperar acontecer sem ficar frustrado se não acontecer. Um palmeirense fica chateado com uma derrota, mas, ao mesmo tempo, sabe rir dela e crescer à partir dela. O torcedor. Porque o time...


1. O mascote do time é um porco

E se nada der certo, você pode comê-lo no natal (no sentido normal; o segundo só serve para bambis). Isso não é ótimo?

- Hmm, delícia.