domingo, 10 de abril de 2011

Matemática + Vestibular = Merda

Matemática não costuma ser a queridinha das matérias. Apenas alguns loucos humanos gostam dela. No entanto, não é necessário gostar dela para saber aplicá-la. Se você perder um bom tempo da sua vida no qual poderia estar curtindo com os amigos, pegando alguém ou jogando The Sims 3 e estudar suas técnicas, talvez consiga dominá-la. Eu, infelizmente, costumo estudá-la, não porque eu amo os números, mas sim por causa do vestibular. E, em sala de aula ou até mesmo fazendo exercícios em casa, tenho a capacidade de desenvolvê-la até que o resultado do problema saia, na maioria dos casos.


Os exercícios que dão em classe ou os do caderno de exercícios, em sua maioria, são fáceis ou solúveis após alguns minutos refletindo ou simplificando. E aí é aquela delícia, aquela coisa boa de "sei fazer tudo!", tão legal que você até ensina pros amigos, pro cachorro, pra mãe, pro tio, pro vizinho. Faz você se sentir nas nuvens. Mas esta sensação tão aprazível passa. Pior. Passa na hora da prova de vestibular (ou no simulado do vestibular).


Na hora do teste, aparecem coisas estranhas das quais você nunca viu ou ouviu falar ou, se você já viu, elas têm que ser feitas inúmeras vezes até darem certo. Uns procedimentos esquisitos, sem pé nem cabeça, com falta de informação, no melhor estilo:

Sabendo que a mãe de Zeca lavou uma camisa branca ontem e que o ventilador gira no sentido anti-horário, calcule o peso do cachorro em libras.
Dado: sen θ = 0,2341

E o pior: você precisa resolver isso se quiser passar. Precisa saber fórmulas complicadas, conceitos inimagináveis e constantes esquisitas, mesmo que elas não tenham nada a ver com a área do curso que você vai fazer. Para os corretores, um problema feito corretamente atesta inteligência incontestável. Querem que decoremos. Não que aprendamos.

Matemática, cresça e resolva seus problemas. Nós já temos os nossos. 

sábado, 2 de abril de 2011

Pokemania


Não me lembro de quando comecei a assistir Pokémon. Apenas me recordo que este anime sempre fez parte da minha vida. Desde criança eu grudava os olhos na televisão para assistir às aventuras do garoto de (eternos) 10 anos chamado Ash. E grudava mesmo. Não existia coisa que me fizesse desviar a atenção da TV; as horas em que a animação estava passando eram sagradas. Ficávamos na sala eu e meus primos, assistindo atenciosamente. Eu adorava e me emocionava. Aquilo enchia o meu coração de alegria.

Dos cinco aos doze anos fui pokemaníaca da gema. Amava o desenho, os jogos, tinha miniaturas (e tenho até hoje, quase cem delas), camisetas e brinquedos em forma de pokébola. Sonhava em ter um boné igual ao do Ash, fingia ser os personagens, fazia batalhas de ginásio, lia Pokémon Club (que depois virou Pokémon Evolution) e capturava insetos como se fossem realmente pokémons. O mundo de Ash e seus conterrâneos era o mundo ideal para mim (já pensou abandonar a escola para embarcar em uma jornada empolgante?). Eu respirava o ar de Kanto e Johto. Sabia quase todos os nomes (e ainda lembro de bastante deles). Aquilo era minha vida, ou pelo menos boa parte dela.


Mas as coisas foram azedando. A saída da Misty foi um grande baque para mim: eu não gostava da May, de Hoenn, dos pokémons novos e nem dos concursos de coordenação. Senti que os episódios malucos e inúteis haviam triplicado em quantidade, sem contar que eu pouco tinha acesso à eles. Aos poucos, comecei a gostar, mas já não mais tanto quanto antes. Não tive dificuldade em aceitar a Dawn no lugar da May, e até achei os iniciais da temporada de Sinnoh bonitinhos. Porém, não era a mesma coisa. Não tinha aquela emoção toda das primeiras temporadas. A Equipe Rocket perdera completamente a graça. Sem perceber, fui me afastando daquele universo que costumava consumir todo o meu tempo. Tornei-me distante. Interessei-me por outras coisas.

Esses dias, passando pelos canais, parei na RedeTV! e vi que estava passando Pokémon. Resolvi assistir. Era uma batalha de ginásio. Sempre gostei delas. Por mais incrível que pareça, aquela atração pokemônica voltou e eu fiquei aflita ao ver o Ash perdendo (e olha que eu acho o máximo quando o Superman leva uma surra).

Na mesma hora de outro dia, sentei-me no sofá para assistir Pokémon. E descobri que, sim, eu sempre serei uma pokemaníaca.